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FIPe oferece história e ecologia para as crianças
Festival tem passeios monitorados, que visam levar conhecimento às crianças sobre história do município e meio ambiente
Crianças de escolas públicas e particulares de Cáceres (MT) aproveitam o 32º Festival Internacional de Pesca Esportiva (FIPe) para conhecer um pouco mais da história e do folclore do município e também para despertar a consciência ecológica. A expectativa é que cerca de seis mil crianças e adolescentes circulem pelos pontos turísticos centrais e passem pelas tendas ambientais montadas na praça Barão do Rio Branco até o final do evento.
Cada grupo de alunos realiza um mini city tour acompanhado por estudantes do curso técnico em Meio Ambiente da Escola Estadual Onze de Março (CEONM). Na visita à Catedral São Luiz, os pequenos conhecem a lenda que conta os motivos que provocaram o desabamento da mesma por três vezes, entre 1919 a 1965.
Segundo a história, uma grande serpente vive adormecida no subsolo da igreja e ao se movimentar provocava o desabamento da mesma, até que a própria Nossa Senhora teria amarrado a serpente com fios de ouro do seu próprio cabelo evitando que a Catedral tornasse a vir abaixo.
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Outro ponto turístico visitado pelos alunos é o Marco do Jauru, que fica em frente à igreja de Cáceres e que data de 1754, quando foi fixado às margens do Rio Jauru, delimitando as terras conquistadas pelas coroas portuguesa e espanhola e trazido para a Praça Barão do Rio Branco em 1883.
Os alunos também visitam as tendas ambientais e conhecem um pouco mais de iniciativas que podem contribuir com a preservação ambiental. Entre essas iniciativas estão tendas de projetos de escolas, as quais incentivam a produção de hortas e aproveitamento de material reciclável, além da Cooperativa Mista de Desenvolvimento de Cáceres, a qual coleta pneus velhos e os transformam em mobiliários. Exposição de maquetes e filmes ambientais fazem parte das ações junto às crianças.
A integração de culturas também está presente no FIPe. Índios “pareci” explicam para os alunos sobre a cultura, dança e pinturas corporais. O professor de computação e estudante de pedagogia, o pareci Joscelio Onizokaece ressalta essa integração das culturas, o que permite que a população conheça um pouco mais de outras manifestações culturais.
A visita à Secretaria Municipal de Turismo (Sematur), na Praia do Daveron, é o último ponto do mini city tour. Ali as crianças conhecem o prédio construído pelo norte americano Alexander Daveron, que vivia numa chácara meio recluso e onde se dedicava à pesquisa sobre plantas nativas e também a estudo de doenças.
Como não tinha herdeiros diretos, a propriedade, localizada na região central e às margens do Rio Paraguaia, acabou vendida para a prefeitura, que instalou no local a Sematur. Parte do acervo e das pesquisas do americano ficou depositada com o município.
Falta de apoio
O coordenador de cultura do 32º FIPe, Celso Vitoriano, explica que algumas atividades culturais que estavam previstas inicialmente e também a montagem de maquetes como a que representaria a serpente saindo da Catedral São Luiz e seguindo em direção ao Rio Paraguai não foi construído devido à falta de recursos e apoio financeiro.
Outra atividade cultural prevista e que não está sendo realizada como o planejado é o teatro de fantoches para as crianças. Mesmo assim, Vitoriano enfatiza que o trabalho com os alunos da educação básica tem sido muito interessante. As visitas acompanhadas seguem até sexta-feira.
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