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E a zebra pintou na Barra...
Num dia ruim para os brasileiros no Mundial de Surfe, no Rio de Janeiro, nem o americano Kelly Slater brilhou, sendo eliminado no round 3
Bem que eu avisei... Esse negócio de botar camisa do Flamengo não podia mesmo render boa coisa. Kelly Slater, dez vezes campeão mundial, considerado por muitos o maior surfista da história, foi eliminado do Billabong Rio Pro, no round 3 da competição. Numa bateria apertada, Slater perdeu por quatro décimos para seu compatriota Bobby Martinez (14, 5 X 14, 1).
Os dois americanos protagonizaram na praia da Barra da Tijuca uma autêntica cena de filme de surf da “Sessão da Tarde”. O desempenho rotineiro de Kelly não foi páreo para a melhor bateria de Bobby no ano. Na volta pra areia, antes de ser engolfado pelos aplausos e flashes, Bobby olhou pro céu e sorriu. Havia perdido o avô poucos dias antes e só viajou pro Rio por insistência da família. Slater permaneceu na água por quase duas horas, para desespero dos organizadores. “Nunca consigo surfar sozinho aqui” disse ao sair da água.
O dia parecia equilibrado para os brasileiros, com duas vitórias e duas eliminações. O primeiro a competir foi o cearense Heitor Alves. Perdeu com um desempenho pífio para Damien Hobgood. 11,33 do americano contra 4,03 do brasileiro. Adriano de Souza vingaria a pátria ao derrotar o irmão gêmeo de Damien, C J, (15, 93 X 11, 87).
Já Jadson André não teve chances contra Michel Bourez. Parecia que todos os deuses do Pacífico haviam baixado no Atlântico para dar uma força para o taitiano. Michel fechou sua bateria beirando a perfeição com impressionantes 19, 1. Jadson fez menos que um terço dos pontos.
Pela última bateria da terceira fase, Raoni Monteiro fez bonito e passou pelo bicampeão mundial Mick Fanning.
Round 4
Antes de começar um parêntese. Ô regulamento difícil de entender! A primeira fase são 12 baterias de três surfistas. Os vencedores passam direto pra terceira fase, quem perde disputa a segunda fase (repescagem). Na terceira fase são 12 baterias de dois surfistas sem repescagem, perdeu tá fora (como aconteceu com Slater e Jadson André). Na quarta fase os 12 surfistas são divididos em quatro baterias de três. Aí volta a repescagem (quinta fase). Para as finais, oito se classificam. Ainda bem, que logo chegam as quartas-de-final e tudo fica mais fácil.
O round 4 também foi disputado nesta quinta-feira, com resultado péssimo para o Brasil. Raoni Monteiro e Adriano de Souza perderam suas baterias e vão se enfrentar na repescagem. O Brasil ficará apenas com um representante nas quartas de final. Igualzinho como ocorreu recentemente na Libertadores, com apenas o Santos sobrevivendo.
Resultados do dia
Round 3
Bateria 1: Taj Burrow (AUS) 14,66 vs. Cory Lopez (USA) 10,84
Bateria 2: Damien Hobgood (USA) 11,33 vs. Heitor Alves (BRA) 4,03
Bateria 3: Adrian Buchan (AUS) 7,97 vs. Dan Ross (AUS) 12,17
Bateria 4: Jeremy Flores (FRA) 16,50 vs. Adam Melling (AUS) 6,77
Bateria 5: Joel Parkinson (AUS) 15,07 vs. Kieren Perrow (AUS) 7,83
Bateria 6: Kelly Slater (USA) 14,10 vs. Bobby Martinez (USA) 14,50
Bateria 7: Jordy Smith (AFR) 13,17 vs. Josh Kerr (AUS) 13,87
Bateria 8: Adriano de Souza (BRA) 15,93 vs. C.J. Hobgood (USA) 11,87
Bateria 9: Bede Durbidge (AUS) 12,17 vs. Patrick Gudauskas (USA) 11,50
Bateria 10: Owen Wright (AUS) 11,66 vs. Taylor Knox (USA) 9,80
Bateria 11: Michel Bourez (TAI)19,10 vs. Jadson Andre (BRA) 6,83
Bateria 12: Mick Fanning (AUS) 13,73 vs. Raoni Monteiro (BRA) 14,84
Round 4
Bateria 1: Taj Burrow (AUS) 18, 4 Damien Hobgood (USA) 14, 6 Dan Ross (AUS) 8, 76
Bateria 2: Joel Parkinson (AUS) 17, 23 Jeremy Flores (FRA) 16, 53 Bobby Martinez (USA) 10, 33
Bateria 3: Josh Kerr (AUS) 16, 3 Adriano de Souza (BRA) 4, 64 Bede Durbidge (AUS) 12, 07
Bateria 4: Owen Wright (AUS) 16, 67 Michel Bourez (TAI) 12, 54 Raoni Monteiro (BRA) 9, 56
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