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Etapa do Mundial de Surfe no Rio começa sem surfistas na água
Caravana está presente na cobertura do Mundial de Surfe, no Rio. Primeiro dia teve ondas, mas sem competição. Saiba tudo sobre a etapa!
Não começou! O sol que brilhou no Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira, interrompendo uma semana de autêntico outono, indicava um cenário perfeito para a abertura do Billabong Rio Pro, terceira etapa do circuito mundial de surfe da Association of Surfing Professionals (ASP). Pena que as ondas não colaboraram.
Não que elas tivessem abandonado a praia da Barra da Tijuca, sede principal do evento, no Rio. Para um leigo elas estavam ali do mesmo jeito, quebrando na areia e dando caixote nos desavisados. Mas para os especialistas da comissão organizadora da prova isso não era o suficiente. “Irregulares”, “muito fechadas”, “incapazes de sustentar uma bateria de 30 minutos” foram as definições mais comuns.
“Nosso objetivo é fazer o campeonato nas melhores ondas possíveis e temos tempo pra isso, até porque o prazo do evento vai até o dia 22 ainda”, disse Daniel Friedman, diretor da prova. Restou ao público aproveitar o belo dia de praia, o primeiro da semana no Rio.
Surf para principiantes
Após quase uma década disputada em águas catarinenses, a etapa brasileira do mundial de surf volta ao Rio de Janeiro. Os melhores do mundo vão encarar as ondas do Arpoador e da Barra da Tijuca na luta pela liderança do ranking e pra defender o açaí das crianças (afinal são US$ 500 mil em prêmios para a etapa masculina e US$ 120 mil para a feminina).
É o Billabong Rio Pro, que se inicia nesta quarta-feira e vai até o dia 22, com cobertura especial do Caravana da Aventura. Mas se você é do tipo que quando vê o mar pensa mais em Dorival Caymmi do que em Beach Boys, não se preocupe. O Caravana explica como funciona o campeonato mundial de surf.
Etapas: Um mundial de surf é disputado em várias etapas, cada uma com sede em uma cidade diferente. É mais ou menos como na Fórmula 1. As etapas costumam levar o nome de marcas ligadas ao surf, que patrocinam o evento, como Billabong e Rip Curl. O calendário de 2011 prevê 11 etapas, a do Rio é a terceira.
Pontuação: O surfista vencedor da etapa leva 10 mil pontos, o vice 8000. Chegar na semifinal vale 6500, nas quartas de final 5200 e nas oitavas 4000. Os que só passam da primeira fase ganham 1750 pontos e ainda rola 500 pontos apenas por participar, pra ninguém voltar triste pra casa. Após as duas primeiras etapas disputadas na Austrália os cinco primeiros colocados são:
1º Kelly Slater (EUA) - 15200
2º Joel Parkinson (Aus) - 14000
3º Jordy Smith (Afs) - 13000
4º Adriano de Souza (Bra) - 10500
4º Tiago Pires (Por) - 10500
Regras: Até aí, tudo tranqüilo. Mas e quando o cara entra na água? É logo depois da primeira braçada. O que acontece? Na primeira fase são disputadas baterias eliminatórias com três competidores cada. Os segundos colocados em cada bateria ainda podem tentar a repescagem para chegar até as finais. Os surfistas recebem nota de acordo com a perícia e a dificuldade da manobra executada. Apenas as duas melhores notas são consideradas.
Quem Participa: Na etapa Rio, são 36 competidores e 18 competidoras. Além dos melhores colocados no ranking da ASP é comum haver convidados do país sede, os chamados wildcards.
No masculino são quatro: as revelações Petersinho, 19 anos e Ricardo Santos, 20 e mais dois classificados numa triagem entre atletas escolhidos pela Federação de Surf do Rio de Janeiro (FESERJ) e Associação Brasileira de Surf (ABRASP). No feminino a campeã das ondas grandes Maya Gabeira e a bicampeã brasileira Suelen Naiara.
Brasil: Além dos wildcards, o Brasil será representado pelos seus cinco surfistas que disputam o título no mundial masculino: o paulista Adriano de Souza, o potiguar Jadson André, o cearense Heitor Alves, Raoni Monteiro de Saquarema e o argentino-catarinense, Alejo Muniz. Três deles possuem chances de liderar o circuito ao final da etapa Rio: Adriano, Jadson e Alejo.
Já no feminino, além de Maya e Suelen, há Silvana Lima, quinta colocada na competição e Andrea Lopes, que substitui a australiana Rebecca Woods, contundida.
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