
Brasil já pensa em exportar sistema de vigilância da Amazônia
Municípios do Pará mostraram que o sistema pode ser muito eficaz
O Brasil deseja exportar para outros países amazônicos um bem-sucedido programa para combater o desmatamento na Amazônia mediante alertas antecipados aos habitantes da região quando imagens de satélite acusarem a derrubada de árvores em algum setor da floresta.
A gerente do Fundo Vale, que financia programas de desenvolvimento sustentável na floresta amazônica, afirmou que estão estruturando este complexo projeto de vigilância para estendê-lo a outros países.
O sistema, desenvolvido pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), serve para alertar moradores e ativistas em municípios amazônicos sobre o desmatamento ilegal.
A Fundo Vale estuda agora com a Imazon como exportar o projeto. As negociações já estão em fase avançada, e algumas regiões ainda não reveladas de países vizinhos poderão adquirir o sistema em breve.
Após a identificação por análise de imagens via satélite da área atacada, a informação é utilizada para provocar uma intervenção pública. Para isso os responsáveis pela iniciativa oferecem cursos de capacitarão aos agentes comunitários, que verificam e validam as imagens de satélite e são responsáveis pela difusão das denúncias.
Essa difusão inclui desde denúncias diretas a prefeituras e órgãos fiscalizadores até o envio de mensagens de texto por telefones celulares para garantir a divulgação da denúncia e a mobilização das autoridades.
O sistema já se mostrou eficiente no Brasil. Ele é um dos responsáveis por Paragominas (Principal pólo madeireiro do Brasil), no Pará, ganhar o título de primeira cidade a ser retirada da lista das que mais destroem a Amazônia, depois de reduzir seu desmatamento em 90%.
Já em São Felix do Xingu, outro município do Pará, que conta com um dos maiores rebanhos bovinos do país (apesar de ficar no meio da floresta amazônica), o sistema também teve sucesso.
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